quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Sonda Voyager 2 faz descobertas surpreendentes na fronteira do Sistema Solar

Sonda Voyager 2 faz descobertas surpreendentes na fronteira do Sistema Solar


Redação do Site Inovação Tecnológica - 15/01/2008
Depois de mais de 30 anos em operação, a sonda espacial Voyager 2 surpreendeu os cientistas mais uma vez, fazendo duas revelações inesperadas sobre a fronteira final do nosso Sistema Solar.
As duas descobertas foram feitas quando a sonda atravessava a onda de choque que se forma quando o fluxo de partículas emitidas constantemente pelo Sol - o chamado vento solar - atinge o ambiente de gás rarefeito que preenche o espaço entre as estrelas.

Campo magnético

A primeira surpresa é que existe um forte campo magnético nas cercanias da região interestelar, gerado por correntes naquele gás incrivelmente tênue. Esse campo magnético comprime a bolha de gás que se origina no Sol, distorcendo o formato esférico uniforme que os físicos esperavam encontrar.
10 vezes mais frio
A segunda descoberta inesperada também veio com a passagem da Voyager 2 pela fronteira do Sistema Solar. Logo após essa "fronteira" entre nosso Sistema Solar e o espaço interestelar, a temperatura é 10 vezes mais fria do que o esperado. Ainda assim ela é mais alta do que no "interior" do nosso sistema. Os físicos teóricos agora terão garimpar uma explicação para esse inesperado efeito resfriante.

Voyager 1 e 2

As sondas Voyager 1 e 2 foram projetadas primariamente para estudar os planetas Júpiter e Saturno. Depois do lançamento, a Voyager 2 teve sua órbita ajustada para estudar também Urano e Netuno. Embora as duas tenham sido construídas para funcionar durante 5 anos, elas continuam a fazer importantes descobertas 30 anos depois do seu lançamento (veja Voyager 1 e 2 completam 30 anos de explorações espaciais).
Como ambas são dotadas de reatores nucleares, não necessitando da luz solar para geração de eletricidade para seus instrumentos, os cientistas agora calculam que elas poderão continuar operando até 2020. E estão com uma agenda cheia para explorar a desconhecida a região interestelar na qual as duas agora estão entrando.

Espaço interestelar

A Voyager 2 agora está atravessando uma região chamada heliosheath, uma região onde o vento solar interage com o meio interestelar. Na próxima década ela irá cruzar a fronteira final, chamada heliopausa, onde termina o fluxo de partículas do Sol. Então ela será capaz de medir as características do meio interestelar pela primeira vez, em uma região não afetada pelo vento e pelo magnetismo solares.
A Voyager 1 já cruzou a região do choque de terminação há vários anos, mas seu instrumento de medição de plasma não funcionava mais, de forma que o fim da área de influência do Sol foi medida apenas de forma indireta.

Fronteira pulsante

Já a Voyager 2 conseguiu não apenas detectar a fronteira, fazendo medições detalhadas da temperatura, velocidade e densidade do vento solar, mas ela também encontrou a onda de choque repetidas vezes. Isso ocorre porque há uma espécie de pulsação dessa fronteira, causada pelas variações na atividade solar.
A Voyager 2 está agora a 12,7 bilhões de quilômetros da Terra, viajando a uma velocidade de 56.000 km/h. A Voyager 1 está na direção oposta do Sistema Solar, a uma distância de 15,7 bilhões de quilômetros, viajando a uma velocidade de 61.100 km/h.

Fonte: inovacaotecnologia.com.br

Por Alexandre Gonçalves

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Cientistas: ciclone gigantesco varre Saturno há 5 anos

Cientistas espanhóis relataram nesta quarta que um gigantesco ciclone do tamanho do continente europeu varre Saturno há cinco anos, o que faz desta tempestade a mais longa detectada no planeta O ciclone, cujo vórtice se estende por 4 mil km, é estudado desde 2004 por um grupo de pesquisadores espanhóis a partir de imagens vindas da sonda americana Cassini. "De acordo com nossas observações, o ciclone é o de maior duração dos examinados nos grandes planetas do sistema solar, Júpiter e Saturno", explicou a principal autora do estudo, Teresa del Rio-Gaztelurrutia.
Os ciclones, caracterizados por um vento que gira na mesma direção que o planeta, não duram tradicionalmente muito tempo, explicou a pesquisadora que dirige uma equipe da Universidade dos Países Bascos para conduzir o trabalho. "Conhecemos ainda muito pouco sobre este gênero de estruturas", acrescentou.
O grupo de cientistas conseguiu analisar a estrutura horizontal e vertical deste fenômeno meteorológico, assim como a sua circulação e sua maneira de interagir com os ventos utilizando simulações matemáticas. Apesar do enorme tamanho do ciclone, os pesquisadores detectaram ventos "pouco intensos". Segundo suas observações, ele se desloca a uma velocidade de 245 km/h, cercado por ventos de 72 km/h.
A Nasa - a agência espacial americana - revelou as imagens da sonda Cassini um ano após terem sido tiradas. Os cientistas só puderam até o momento analisar as amostras de 2009 e esperam descobrir se o ciclone gigante sobreviveu até este ano.

Fonte: terra.com

Por Alexandre Gonçalves

Sonda Voyager chega perto da fronteira do Sistema Solar

A sonda foi lançada há 33 anos, e agora está a 17,4 bilhões de km da Terra. Foto: BBC Brasil A sonda foi lançada há 33 anos, e agora está a 17,4 bilhões de km da Terra
Foto: BBC Brasil


A sonda espacial Voyager 1, lançada há 33 anos, está perto da fronteira do Sistema Solar. A 17,4 bilhões de km de casa, a sonda é o objeto feito pelo homem mais distante da Terra e começou a identificar uma mudança nítida no fluxo de partículas à sua volta.
Estas partículas, emanadas pelo Sol, não estão mais se dirigindo para fora e sim se movimentando lateralmente. Isso significa que a Voyager deve estar muito perto de dar o salto para o espaço interestelar - o espaço entre as estrelas.
Edward Stone, cientista do projeto Voyager, elogiou a sonda e as incríveis descobertas que ela continua enviando à Terra. "Quando a Voyager foi lançada, a era espacial tinha apenas 20 anos de idade, então não era possível prever que uma sonda espacial pudesse durar tanto tempo", disse ele. "Não tínhamos ideia do quanto teríamos que viajar para sair do Sistema Solar. Sabemos agora que em aproximadamente cinco anos devemos estar fora do Sistema Solar pela primeira vez", completou.
'Partículas carregadas'
A Voyager 1 foi lançada no dia 5 de setembro de 1977, enquanto sua sonda gêmea, a Voyager 2, foi enviada ao espaço pouco antes, em 20 de agosto de 1977. O objetivo inicial da Nasa era inspecionar Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, uma tarefa concluída em 1989.
As sondas gêmeas foram então enviadas na direção do centro da Via Láctea. Abastecidos por suas fontes radioativas de energia, os instrumentos das sondas continuam funcionando bem e enviando informações à Terra, apesar de que a vasta distância envolvida significa que uma mensagem de rádio precisa viajar cerca de 16 horas.
As últimas descobertas vêm do detector de partículas de baixa energia da Voyager 1, que tem monitorado a velocidade dos ventos solares. Esta corrente de partículas carregadas forma uma bolha em torno do nosso Sistema Solar conhecido como heliosfera. Os ventos viajam a uma velocidade "supersônica" até cruzar uma onda de choque no encontro com as partículas interestelares.
Nesse ponto, o vento reduz sua velocidade dramaticamente, gerando calor. A Voyager determinou que a velocidade do vento em sua localização chegou agora a zero.
Corrida
"Chegamos ao ponto em que o vento solar, que até agora tinha um movimento para fora, não está mais se movendo para fora; está apenas de movendo lateralmente para depois acabar descendo pelo rabo da heliosfera, que é um objeto com forma de cometa", disse Stone, que é baseado no Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena.
O fenômeno é a consequência do vento indo de encontro à matéria vinda de outras estrelas. A fronteira entre os dois é o fim "oficial" do Sistema Solar, a heliopausa. Uma vez que a Voyager passar por isso, estará no espaço interestelar.
Os primeiros sinais de que a Voyager havia encontrado algo novo apareceram em junho. Vários meses de coleta de novos dados foram necessários para confirmar a observação.
"Quando percebi que estávamos recebendo zeros definitivos, fiquei maravilhado", disse Rob Decker, um pesquisador da Universidade Johns Hopkins que trabalha com o detector de partículas de baixa energia da Voyager. "Ali estava a Voyager, uma sonda espacial que tem sido um burro de carga há 33 anos, nos mostrando algo completamente novo mais uma vez", completou Decker.

Fonte: terra.com

Por Alexandre Gonçalves

Estudo explica fraca luminosidade das rajadas escuras de raios gama

A fraca luminosidade das rajadas escuras de raios gama tem relação com a quantidade de poeira que as separa da Terra. Foto: ESO/Divulgação A fraca luminosidade das rajadas escuras de raios gama tem relação com a quantidade de poeira que as separa da Terra

Foto: ESO/Divulgação

Estudo realizado por cientistas do Instituto Max Planck para a Física Extraterrestre, utilizando o instrumento GROND, montado no telescópio MPG do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), explica a fraca luminosidade das rajadas escuras de raios gama, um dos fenômenos mais energéticos do universo. Este é considerado o maior estudo já realizado sobre as rajadas.
As rajadas de raios gama são geradas a partir da explosão de estrelas massivas, criando feixes de luz tão brilhantes que podem ser vistos a uma distância de 13 bilhões de anos-luz, perto dos limites do universo observável. Porém, algumas rajadas de raios gama têm um brilho abaixo do espectro visível, parecendo que lhes falta esta característica, o que deixou os pesquisadores perplexos durante os últimos 10 anos.
Segundo o estudo, essa fraca luminosidade explica-se como uma combinação de várias causas, sendo a mais importante a presença de poeira entre a Terra e o fenômeno. O estudo indica que a maioria das rajadas escuras de raios gama são aquelas cuja pequena quantidade de radiação visível foi completamente absorvida pela poeira antes de chegar à Terra.
A Nasa - a agência espacial americana - lançou o satélite Swift em 2004, para orbitar por cima da atmosfera terrestre e conseguir detectar explosões de raios gama e comunicar imediatamente as suas posições a outros observatórios para estudo dos brilhos residuais.
No estudo, os cientistas utilizaram dados registrados pelo Swift e também novas observações do GROND, que se dedica à observação continua de rajadas de raios gama. Combinando os dados, foi determinada a quantidade de radiação emitida pelo brilho residual a comprimentos de onda muito distintos. Assim, foi medida a quantidade de poeira que obscurece a radiação no percurso do raio até a Terra.
Foi descoberto que as rajadas escurecem para uma marca entre 60% e 80% da intensidade original com que foi emitida devido à poeira. Para rajadas mais distantes, a intensidade transforma-se para apenas entre 30% e 50%.
Estudos anteriores já haviam apontado que rajadas de raios gama podem ser capazes de ajudar a monitorar a taxa na qual as estrelas formam-se e morrem em distantes galáxias, confirmar as estimativas anteriores de que 25% das vezes as estrelas massivas se formam em locais repletos de poeira de estrelas, e que a poeira se forma provavelmente nas nuvens ao redor de estrelas em formação.
Além disso, indicam que pode haver muito mais poeira do que se suspeitava e que as rajadas escuras de raios gama poderiam fornecer uma maneira de descobrir a quantidade de formações estelares que estão acontecendo no universo.

Fonte: Terra.com

Por Alexandre Gonçalves


terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Fotógrafo retrata intensificação da aurora boreal

Fenômeno luminoso deve atingir seu ápice em 2012, quando poderá ser visto até a latitude de Roma,
A aurora boreal, fenômeno luminoso que ocorre no pólo Norte geralmente na época dos equinócios, está se intensificando desde 2007 e deve atingir o ápice de luminosidade em 2012, segundo a Nasa.

O fenômeno é causado pelos ventos solares que carregam um fluxo contínuo de partículas elétricas liberadas pelas explosões que ocorrem na superfície do Sol. Quando estas partículas atingem os campos magnéticos da Terra algumas ficam retidas provocando a luminosidade intensa pela liberação de energia ocorrida com a colisão destas partículas com as moléculas e átomos presentes na atmosfera.

O fotógrafo islandês Orvar Thorgiersson, 35, está registrando a evolução do fenômeno. “Agora há dias em que as luzes são tão claras que você pode ler um livro à noite. Elas são mais claras que a lua”, diz.
O evento será causado pelo máximo solar, período em que o campo magnético no equador do sol roda num ritmo ligeiramente superior ao dos seus pólos.

O ciclo solar leva em média 11 anos entre um máximo solar e o outro.

O último máximo solar ocorreu em 2000. Segundo a Nasa, o próximo, que ocorrerá em 2012, deve ser o maior desde 1958, quando a aurora boreal surpreendeu os habitantes do México com três ocorrências.

Em 2012, espera-se que as luzes da aurora possam ser vistas até a latitude de Roma. No entanto, caso seja de fato tão intenso, o fenômeno poderá causar problemas a telefones celulares e sistemas de GPS pela liberação de energia num grau mais elevado.






















Por Alexandre Gonçalves

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Tempestade cria enorme filamento no Sol

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
 
Uma tempestade solar, que começou no domingo, criou uma enorme massa de plasma que se estende por todo o resto da estrela.
Com uma extensão de aproximadamente 700 mil quilômetros, quase o dobro da distância entre a Terra e a Lua, o megafilamento cruzou a região sul do Sol, segundo um site que monitora tempestades solares e eventos celestes.
A agência espacial norte-americana Nasa divulgou nesta semana a imagem do filamento.
"A estrutura maciça é um alvo fácil para ser visto de telescópios amadores", lembra o site. Para isso, os observadores não podem olhar diretamente para o Sol ou pelo telescópio, já que o ato provoca pode prejudicar a visão --há necessidade de equipamento para filtros e óculos especiais.
Como outros fenômenos do gênero, o filamento não deve durar muito tempo. "Até agora, a estrutura maciça paira quieta acima da superfície solar, mas agora mostra sinais de instabilidade", comentou um repórter do site.

SDO/Nasa
Filamento (embaixo, à esq.) tem cerca de 700 mil quilômetros, quase o dobro da distância entre a Terra e a Lua
Filamento (embaixo, à esq.) tem cerca de 700 mil quilômetros, quase o dobro da distância entre a Terra e a Lua